quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Trading: A Multinacional Ly & Fung conta com 81 Fornecedores Portugueses [Media]

[ "Como é que os cobertores, almofadas, lençóis, toalhas ou roupões personalizados que equipam as cabinas dos iates e aviões de celebridades como Bill Gates, Paul Allen ou Roman Abramovich são fabricados em pequenas têxteis nortenhas? O segredo reside na multinacional Li & Fung (LF), a maior trading do mundo. Uma trading vende produtos (o agente vende serviços) e faz a ponte entre quem fabrica e quem vende, correndo os riscos da operação. Para os clientes, assume-se como fornecedor, para os fabricantes como cliente. Com 80 escritórios e 16 mil funcionários, a LF funciona como braço armado de gigantes do retalho, cadeias de moda e redes hoteleiras, distribuindo as encomendas pelos 42 países em que opera, procurando sempre a solução certa, ao preço certo. No caso dos iates e aviões, as peças exclusivas e luxuosas são criadas por gabinetes de Londres e Nova Iorque que transferem para a LF a responsabilidade do fabrico e entrega das peças. É nessa fase que entram em cena os 81 fornecedores de vestuário, têxtil-lar, cerâmica e vidro com que lida a sua base portuguesa da Maia. A mesma lógica explica a presença de têxteis-lar portugueses nas camas dos novos hotéis Mandarim (Miami e Milão) e das unidades de Londres, Berlim e Miami da cadeia de boutique hotel Soho - a Hyatt pode em breve engrossar a lista. Mas, no universo dos lençóis, roupões e toalhas de banho, a maior proeza recente foi a encomenda para um condomínio requintado, promovido pelo sultão do Bahrein, na zona londrina de Mayfair. Saber o que compra e para quem compra em Portugal o maior trading do mundo é um exercício que ajuda a perceber para onde caminha a nossa indústria. A LF é um excelente barómetro para medir a competitividade dos países. "Portugal deve assumir-se como a nova Itália e focar-se, pela proximidade, nos mercados europeus. A flexibilidade fabril é uma das vantagens, mas sofre do défice no design e inovação", diz David Schneider, 43 anos, vice-presidente da organização e responsável pelo escritório português. A indústria portuguesa tem perdido competitividade "porque não está a ser suficientemente inovadora". O fator crítico, diz David Schneider, não é o custo de mão de obra, mas o preço da energia. As ações de promoção sectoriais "são um desperdício". O país deveria promover no exterior a marca Portugal. Os sinais mais recentes são encorajadores. David Schneider conta que a capacidade dos seus fornecedores está esgotada até ao fim do ano e o negócio da LF em Portugal crescerá 26%, em 2010" (...) IN EXPRESSO-Abílio Ferreira]
FONTES &VER-EM:
http://aeiou.expresso.pt/os-roupoes-portugueses-de-roman-abramovich=f612840

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