quinta-feira, 4 de setembro de 2008

"Marquês de Soveral,Homem do Douro e do Mundo": Confraria Queirosiana-Convida!

[ O lançamento da biografia do "Marquês de Soveral, Homem do Douro e do Mundo", de J. A. Gonçalves Guimarães, terá lugar no dia 6 de Setembro, sábado, na Vindouro - Festa do Vinho. Natural de São João da Pesqueira e filho de uma família de proprietários durienses da nobreza regional ligada à Corte e à diplomacia, Luís Maria Pinto de Soveral, (1850 - 1922), foi o diplomata mais famoso de Portugal e, como tal, ainda hoje é lembrado em Inglaterra. Iniciou uma carreira militar na Armada, que depressa abandonou para se dedicar à carreira diplomática. Ocupou postos em diversas capitais europeias e fixou-se em Londres em 1890. Era o ano complicado do Ultimato inglês e Soveral foi um grande obreiro dos futuros entendimentos entre os dois países, desde logo no Tratado de Windsor. Conheceu e conviveu com todos os Reis e imperadores da Europa, incluindo o Papa e o Presidente da República Francesa e, como Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo português, teve um importante papel nas relações de Portugal com as potências europeias e com as respectivas colónias africanas. Nos anos oitenta fez parte de “Os Vencidos da Vida”, o grupo jantante de intelectuais que acreditava que Portugal se poderia modernizar e colocar ao nível da Europa de então, do qual faziam parte Eça de Queiroz, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, entre outros, os quais consideravam o próprio Rei D. Carlos confrade suplente do grupo. Durante a sua estadia em Inglaterra tornou-se íntimo do Rei Eduardo VII e das mais importantes personalidades da sua corte. A Rainha Victória condecorou-o e a Rainha Alexandra tinha por ele um enorme apreço. Teve influência e cultivou grandes amizades na Corte Britânica, incluindo o futuro Eduardo VII, e foi também íntimo do Rei D. Carlos. Foi ministro dos Negócios Estrangeiros em 1895-1897 e ascendeu ao pariato no ano seguinte. Após o 5 de Outubro de 1910, remeteu-se à vida privada, passando a ser uma espécie de conselheiro de D. Manuel II no exílio, partilhando com ele o seu amor à pátria e a defesa dos interesses de Portugal no mundo. Como homem do Douro, foi proprietário e produtor de vinhos, participou oficialmente na defesa da denominação “Porto” a nível mundial.] Edição conjunta: Município de São João da Pesqueira e Edições Gailivro.

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