segunda-feira, 29 de setembro de 2008

El-Rei D. Carlos e o Pintor José Malhoa.

[ José Vital Branco Malhoa (Caldas da Rainha, 28 de Abril de 1855 – Figueiró dos Vinhos, 26 de Outubro de 1933), pintor, desenhista e professor português, assinou sua obra com o nome: José Malhoa. Aos 12 anos entrou para a escola de Belas Artes. Devido às suas enormes faculdades e qualidade artísticas, arrecadou vários vezes o 1º Prémio e realizou inúmeras exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro, designadamente em Madrid, Paris e Rio de Janeiro. Foi pioneiro do Naturalismo em Portugal, tendo integrado o Grupo do Leão. Destacou-se também por ser um dos pintores portugueses que mais se aproximou da corrente artística Impressionista. Foi o primeiro presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago. Em 1933, ano da sua morte, foi criado o Museu de José Malhoa nas Caldas da Rainha. São deste apreciado artista os retratos de Sua Majestade El-Rei D. Carlos que estão nas salas do Tribunal do Comércio e do Tribunal de Contas; um retrato do Príncipe Real D. Luís Filipe e o retrato de Sua Majestade a Rainha D. Amélia. Em 17 de Abril de 1906, El-Rei D. Carlos, visitou o atelier de José Malhoa, onde foi admirar os trabalhos destinados à sua exposição no Gabinete de Leitura no Rio de Janeiro. El-Rei D. Carlos demorou se analisando todas as telas, fazendo sobre cada quadro uma apreciação muito lisonjeira. No Site da Causa Monárquica lê-se o seguinte: "O Retrato de D. Carlos I - Pintado por José Malhoa em 1891, retrata D. Carlos I segundo a tipologia de representação régia de corpo inteiro. O monarca surge com a farda de gala guarnecida de galões, medalhas e faixas, uma capa de arminho, o capacete de penas e a espada, num aparato militar que denuncia uma concepção ainda romântica do monarca-guerreiro, recuperada depois do fausto cortesão barroco de Luís XIV. Longe do naturalismo que caracteriza a obra de José Malhoa, este exemplar de pintura mantém a académica dimensão cenográfica do plano de fundo, sempre semelhante nestes retratos régios, com a cortina de veludo delimitando o espaço, o trono dourado e estofado também de veludo, e mesa de apoio com panejamento de igual tecido, sobre a qual foram colocados os livros e a coroa, como verdadeiros atributos. Se o cromatismo também foi condicionado às cores primárias da farda, porém, a técnica pictórica e o tratamento plástico foram as válvulas de escape do artista. Com efeito, a liberdade naturalista sente-se precisamente na indefinição dos contornos dos objectos que, ao fundo, se dissolvem em cambiantes tonais, e na aplicação da pincelada, tão livre que quase ignora o desenho e constrói os volumes pela cor e pela luz". ]
FONTES & VER+EM:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Malhoa
http://causamonarquica.wordpress.com/2007/11/12/retrato-de-dcarlos-de-jose-malhoa/
http://www.arqnet.pt/dicionario/malhoa.html

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