sábado, 12 de dezembro de 2009

Seis Órgãos mandados construir por D. João VI voltam a tocar para um Concerto de Natal na Basílica do Palácio de Mafra [ 19 Dez 09 ]


[ Pensar Real~Pensar Portugal, destaca a notícia publicada hoje no Jornal Público sobre a reparação dos Orgãos do Palácio de Mafra, que foram construídos a pedido de D. João VI, sucessor de D. João V. “Os seis órgãos deixaram de soar ao mesmo tempo desde o século XIX por causa de infiltrações causadas pela água que ainda hoje entra na Basílica e desde há dois séculos que não há registo de terem tocado em conjunto”, afirmou à agência Lusa o mestre Dinarte Machado. No dia 19, os seis órgãos vão tocar de forma experimental durante um concerto de Natal na Basílica do Palácio Nacional de Mafra, para que os técnicos possam perceber aspectos técnicos do som que produzem quando tocam em conjunto. “O público vem ouvir pela primeira vez o conjunto dos seis órgãos cuja reparação está na recta final e consiste em trabalhar o som de cada um deles”, explicou o especialista na Escola de Organaria Portuguesa do século XVIII, após ter concluído o restauro físico dos seis órgãos. “A diferença de ouvir um órgão ou seis órgãos a tocar em conjunto é como ouvir um coro de 20 vozes ou um coro de 120 vozes devidamente afinadas”, exemplificou. Após este concerto, a Basílica vai fechar até Maio para que os técnicos possam concretizar o trabalho e nessa altura reabre com um concerto inaugural dos seis órgãos totalmente reparados. O restauro dos seis órgãos foi iniciado em 1999 pelo mestre Dinarte Machado, envolvendo um investimento de um milhão de euros pagos pelo Ministério da Cultura e por outros mecenas. Os órgãos foram construídos em 1807 pelos organeiros António Xavier Machado e Cerveira e Joaquim António Peres Fontanes, a pedido de D. João VI, sucessor de D. João V que mandou construir o Palácio Nacional de Mafra. Ao longo dos séculos, os seis órgãos foram sofrendo várias reparações devido às infiltrações causadas pela água que ainda hoje entra na Basílica, por isso deixaram de funcionar todos em conjunto. Antes do início deste último restauro, “estavam inactivos”, à excepção de um dos órgãos da Capela-Mor. ]
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