quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Comitiva Real na inauguração do Tua: El Rei D. Luís e a Rainha D. Maria Pia [1887]

[ Foi no dia 27 de Outubro de 1887 que a locomotiva "Trás-os-Montes", tripulada pelo engenheiro Dinis da Mota, procedia à inauguração da Linha do Tua, entre o Tua e Mirandela, na presença do Rei D. Luís I e do Príncipe Real que compareceram às concorridas cerimónias na estação de Mirandela. O I.º troço desta linha, entre Tua e Mirandela foi inaugurado no dia 29 de Setembro de 1887 com a presença da Família Real: El-Rei Dom Luís e a Rainha D. Maria Pia, acompanhados de vários ministros e convidados, salientando-se o artista Rafael Bordalo Pinheiro. O comboio Real foi rebocado pela locomotiva n.º 1, que recebeu o nome de "Trás-os-Montes", pilotada pelo Chefe da Exploração, Eng. Dinis Moreira da Mota. Na estação do Tua compareceram as Câmaras Municipais de Alijó, Carrazeda e Pesqueira e em Mirandela aguardavam Sua Majestade, o Sr. Governador Civil e Bispo de Bragança, as Câmaras Municipais de Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Bragança, Valpaços, Vila Flor e Alfândega da Fé, acompanhados de seis bandas de música e de milhares de pessoas. Sua Majestade e a comitiva Real estiveram nas cerimónias oficiais que tiveram lugar nos Paços do Concelho: Mirandela começou a sentir o progresso, motivado pelo caminho-de-ferro. Os estudos desta linha, assim como a sua construção, ficaram considerados como dos mais notáveis trabalhos da engenharia portuguesa. João da Cruz do concelho de Carrazeda foi o seu principal obreiro. Comparada às famosas linhas transalpinas, nos roteiros ferroviários internacionais a Linha do Tua, obtem a pontuação máxima. Considerada uma experiência de beleza única, infelizmente a Linha do Tua, no espaço de um ano e meio, tem somado consecutivos e estranhos acidentes, ao que levou o Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, afirmar públicamente, que o fecho da Linha do Tua "é uma hipótese", mas só "se não houver alternativas", e que só se pronuncia após conclusão das investigações dos sinistros. O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) que não acredita em «coincidências», acredita que há motivos para que a Polícia Judiciária e o Ministério Público investiguem as causas dos acidentes. Pensar Real~Pensar Portugal, que também se opõe ao projecto de construção de uma barragem na foz do rio Tua, considera que o desaproveitamento destas linhas para o turismo é uma falha grave e que se devem apurar as causas dos reais acontecimentos.]
FONTES & VER+EM:
http://www.linhadotua.net/3w/index.php?option=com_zoom&Itemid=29
http://linhadotua.blogspot.com/2006/12/investigao-sobre-linha-frrea-do-tua.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_do_Tua

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