sábado, 20 de junho de 2009

Monserrate romântico: Do Rei D. Afonso Henriques a Lord Byron até hoje [TSF]

[ "Após a reconquista cristã de Sintra no século XII, pelo Rei D. Afonso Henriques, foi construída uma ermida dedicada a Nossa Senhora, em Montserrat. Em 1540, a então Quinta da Bela Vista pertencia ao Hospital de Todos os Santos, em Lisboa. Frei Gaspar Preto, após uma peregrinação ao Eremitério Beneditino de Montserrat na Catalunha, mandou edificar uma capela votiva a Nossa Senhora de Monserrate: daí o nome actual do parque. Em 1601, o Hospital de Todos os Santos aforou Monserrate à família Mello e Castro. D. Caetano de Mello e Castro, comendador de Cristo e vice-rei da Índia, acabou por comprar a propriedade em 1718. A partir de então, a família Mello e Castro, radicada em Goa, administrou a propriedade através de procuradores. Em de 1790, após o terramoto de lisboa em 1755, Gerard DeVisme tornou-se o arrendatário de Monserrate. DeVisme, um inglês que tinha enriquecido com o monopólio da importação de pau-brasil que o Marquês de Pombal lhe tinha concedido: construiu o primeiro palácio neogótico sobre as ruínas da antiga capela e moradias existentes na colina. DeVisme acabou por subarrendar a propriedade a William Beckford, por volta de 1793 que teve meios económicos para efectuar algumas obras no palácio e na criação de um jardim paisagístico. Alguns marcos da sua presença são o cromeleck, que se pensa ser da sua autoria, e a cascata natural existente nesse local. Em 1809, Monserrate é visitada por Lord Byron, o famoso poeta, que cantou a beleza deste local no Childe Harold's Pilgrimage, lamentando apenas que "um matagal enorme" a custo lhe permitisse chegar "às salas sem ninguém com seus portais abertos" (referindo-se ao palácio), considerando a Quinta de Monserrate "o primeiro e mais lindo lugar deste reino", em carta de 16 de Junho do mesmo ano. Em 1856, Sir Francis Cook, outro milionário inglês, adquiriu a abandonada quinta à família Mello e Castro. Inspirado pelo romantismo, fez reconstruir o palácio num estilo que oscila entre sugestões góticas, indianas e mouriscas, recriando ambientes de várias partes do mundo. A paisagem assim construída levou a que o parque fosse considerado um dos mais notáveis jardins exóticos do mundo, no período vitoriano. Os jardins demoraram bastante tempo a serem concluídos (1863 a 1929). Monserrate manteve-se na posse da família Cook até 1947, altura em que tiveram de a vender por não poderem suportar os encargos da propriedade. Em Setembro de 2000, a PARQUES DE SINTRA - MONTE DA LUA, S.A. tornou-se a gestora do património." Pensar Real~Pensar Portugal recomenda a audição do programa da antena TSF "Encontros com Património" ao Palácio de Moserrate com os comentários dos engenheiros António Lamas e João Sande Freitas, os arquitectos Gerald Luckhurst e Luísa Cortesão e o biólogo Fernando Catarino, entrevistados pelo jornalista Manuel Vilas Boas. ]
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1 comentário:

Monserrate disse...

É um Palácio que merece a sua reconstrução total.A minha famìlia tem como apelido Monserrate e recentemente fomos visitar este palácio, fiquei encantada sente-se magia lá dentro, a arquitectura é deslumbrante. Espero ansiosamente pelo fim desta reconstrução para o visitar novamente.