[ A directora do Museu da Fundação da Casa de Bragança, Maria Monge, referiu em entrevista à Lusa, que “não há nenhuma comunicação oficial" emitida à Fundação, quanto à transferência dos Coches que estão no Paço Ducal, em Vila Viçosa. Apesar de não haver uma “informação oficial”, Maria Monge avançou que “alguns dos coches que estão no núcleo de Vila Viçosa correm risco de ser transferidos para o novo Museu dos Coches, em Lisboa”. “A centralização funciona”, disse a responsável, considerando que, no caso de se concretizar esta situação, se traduz “num prejuízo para a visibilidade das viaturas”. “É um património que estava a ser usufruído pelas populações do interior e que vai para o Museu dos Coches em Lisboa”, salientou. Maria Monge realçou que a carruagem que transportava o Rei D. Carlos quando foi assassinado há 102 anos constituía, até há pouco tempo, o principal atrativo da exposição permanente de carruagens de Vila Viçosa, no Paço Ducal. Aquela carruagem, segundo a responsável, foi transferida para Lisboa há dois anos, quando se assinalou o centenário do regicídio e não regressou a Vila Viçosa. A directora do Museu da Fundação da Casa de Bragança referiu ainda que “há pouco tempo” a Fundação renovou um protocolo com a direcção do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), organismo tutelado pelo Ministério da Cultura, para a continuidade, por um prazo de vinte anos, de cerca de 70 viaturas no núcleo de Vila Viçosa. Actualmente, adiantou a responsável, existem 76 viaturas no núcleo de Vila Viçosa, mas cerca de uma dezena ou são propriedade da Fundação da Casa de Bragança ou pertencem a particulares, e estão depositadas na Fundação. A primeira pedra do novo Museu dos Coches, em Lisboa, foi colocada a 01 de fevereiro, na presença do primeiro ministro, José Sócrates, e da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, tendo sido também apresentado o respetivo programa museológico. A cerimónia decorreu nas antigas instalações das Oficinas Gerais de Material de Engenharia do Exército, na Avenida da Índia, em Belém, onde se erguerá o novo edifício da autoria do arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha. O museu, que ocupará uma área de 15 177 metros quadrados dos terrenos das antigas oficinas, custará 31,5 milhões de euros provenientes das contrapartidas do Casino de Lisboa. A colecção é composta por 130 viaturas, 54 das quais se encontram no actual Museu dos Coches – o mais visitado de Portugal -, e as restantes 76 no núcleo de Vila Viçosa, instalado desde 1984 nas antigas cocheiras e cavalariças do palácio. ]
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1 comentário:
entendo a nova construção do novo museu dos coches. mas é bom ñ esquecer-mos o museu que D. Amélia inaugurou, que no fundo, também pertence á cultura portuguesa e deve ser preservada.
cumprimentos,
olga
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