[ Hoje, celebra-se em Portugal, o Dia da Restauração da Independência que é a designação dada à revolta iniciada em 1 de Dezembro de 1640 contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal por parte da dinastia filipina, e que vem a culminar com a instauração da Dinastia Portuguesa da casa de Bragança. Com o desaparecimento de D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer-Quibir, a crise de sucessão criada abriu caminho a Espanha para consumar a tão desejada União Ibérica. Foram três os reis espanhóis que governaram Portugal entre 1580 e 1640 – Filipe I, Filipe II e Filipe III. Durante seis décadas o trono do País ficou privado de Rei natural. Começam, a partir de então, as constantes investidas e ameaças intentadas contra os territórios coloniais, que a coroa filipina votava ao descaso e desprotecção, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses em África (São Jorge da Mina, 1637), no Oriente (Ormuz, em 1622 e o Japão, em 1639) e fundamentalmente no Brasil (Salvador, Bahia, em 1624;Pernambuco, Paraíba, rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe desde 1630). Os prejuízos comerciais resultantes da derrocada do Império desobrigaram nobres e burgueses do juramento de obediência à dinastia filipina. Assim, a 1 de Dezembro de 1640, um grupo de 40 fidalgos (Os Conjurados) aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV, dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança. A revolta foi imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração da Casa de Bragança no trono de Portugal. A espanha, emersa na Guerra dos 30 Anos, pouco pôde fazer para reprimir aos portugueses o desejo de resgatar a Independência. Assim, no dia 2 de Dezembro de 1640, D. João IV já cunhava o lacre da correspondência régia com o selo de soberano. ]
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