terça-feira, 20 de janeiro de 2009

El Rei Dom Sebastião: Sempre o Desejado - Sempre a Esperança [ História ]

[ D. Sebastião I (Lisboa, 20 de Janeiro de 1554Alcácer-Quibir, 4 de Agosto de 1578), décimo sexto rei de Portugal, e sétimo da Dinastia de Avis. neto do rei João III, tornando-se herdeiro do trono depois da morte do seu pai, o Príncipe João de Portugal, duas semanas antes do seu nascimento, e Rei com apenas três anos, em 1557. Em virtude de ser um herdeiro tão esperado para dar continuidade à Dinastia de Avis, ficou conhecido como O Desejado; alternativamente, é também memorado como O Encoberto ou O Adormecido, devido à lenda que se refere ao seu regresso numa manhã de nevoeiro, para salvar a Nação. O jovem Rei cresceu educado por Jesuítas e tornou-se num adolescente de grande fervor religioso, que distribuía o seu tempo entre jejuns e caçadas. Aos 14 anos, D. Sebastião assume a governação. De saúde débil e fraco de espírito, sonhava apenas com batalhas, conquistas e a expansão da Fé, dedicando pouco tempo à governação de tão vasto império, profundamente convicto de que seria o capitão de Cristo numa nova cruzada contra os mouros do Norte de África. Sebastião começou a preparar a expedição contra os marroquinos da cidade de Fez. O exército português desembarcou em Marrocos em 1578 e, ignorando os conselhos dos seus generais, Sebastião rumou imediatamente para o interior. Tinha 24 anos de idade. Na subsequente batalha de Alcácer-Quibir, o campo dos três reis, os Portugueses sofreram uma derrota humilhante às mãos do sultão Ahmed Mohammed de Fez e perderam uma boa parte do seu exército. Quanto a Sebastião, provavelmente morreu na batalha ou foi morto depois desta terminar. Mas para o Povo Português de então o Rei havia apenas desaparecido. Este desastre teria as piores consequências para o país, colocando em perigo a sua independência. O resgate dos sobreviventes ainda mais agravou as dificuldades financeiras do país. Em 1581, Filipe I de Portugal, mandou transladar para o Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa um corpo que alegava ser o do Rei desaparecido, na esperança de acabar com o sebastianismo, o que não resultou, nem se pôde comprovar ser o corpo realmente o de Sebastião I. O Túmulo de Mármore que repousa sobre dois elefantes, pode ainda hoje ser observado em Lisboa. A dúvida que persiste há mais de 425 anos poderia provavelmente hoje ser resolvida com um simples teste de ADN (DNA). Tornou-se então numa lenda do grande patriota português - o "Rei dormente" (ou um Messias) que iria regressar para ajudar Portugal nas suas horas mais sombrias, uma imagem semelhante à que o Rei Artur tem em Inglaterra ou Frederico Barbarossa na Alemanha. Durante o subsequente domínio espanhol (1580-1640) da Coroa Portuguesa, três pretendentes afirmaram ser o Rei D. Sebastião, tendo o último deles - o italiano Marco Tullio Catizone - sido enforcado em 1619. Já em fins do século XIX, no Brasil, lavradores sebastianistas no sertão da Bahia acreditavam que o Rei iria regressar para ajudá-los na luta contra a "república ateia brasileira", durante a chamada Guerra de Canudos. Em conclusão, a dinastia de Avis, popular entre o povo após ter guiado Portugal a sua época de ouro, acabou por submergir na busca de um sonho: a União Peninsular. As mesmas complicações causadas pela procriação consanguínea causou as mortes das crianças de D. João III e de Catarina de Áustria, além da loucura e desespero dos seus netos Sebastião e Carlos, os últimos Príncipes de Avis-Habsburgo. ]
REI DOM SEBASTIÃO DE PORTUGAL:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_de_Portugal

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