[ Durante o reinado de Pedro I (1672-1725), quando a Russia se abriu à Europa, foi recrutado para o seu serviço o Português António Manuel Luís Vieira (1680 ?-1745), um minhoto que se encontrava na Inglaterra. Na Rússia, Vieira assumiu os mais altos cargos do Estado: Foi presidente da Câmara de S. Petersburgo e superintendente da polícia desta cidade, cuja construção(1703) esteve a seu cargo. Pedro I nomeou-o seu Ordenança, Ajudante General, Capitão da sua Guarda Pessoal, Brigadeiro e Presidente da Suprema Chancelaria de Polícia de toda a Rússia. Atribuiu-lhe a Ordem de Alexandre Nevski, título de Senador e a dignidade Conde. Após a morte de Pedro I (1725), Vieira é mandado para a Sibéria, onde funda a cidade de Okhostsk (1739), o novo porto que iria surgir no Pacífico, na Sibéria Oriental. Cria um estaleiro, uma escola de instrução e inicia a construção da frota russa siberiana. Os seus restos mortais encontram-se no Mosteiro de Alexandre Nevsky (Cfr.História,20,1980). Outros Portugueses que acompanharam Pedro I, foi um bobo chamado João da Costa que apenas se sabe que era muito culto. Na corte imperial o médico Português Ribeiro Sanches, que muito contribuiu e influênciou a formação dos seus colegas russos, deixou as melhores recordações na Rússia principalmente graças à sua actividade no campo da medicina. Quando já exercia as funções de médico da Corte de São Petersburgo, salvou da morte a noiva do Príncipe Pedro e futura imperatriz da Rússia, Catarina II, a Grande. Em São Petersburgo, Luísa Todi, que se estreou em 1771 na Corte Portuguesa de D. Maria I, a grande cantora lírica Portuguesa deslumbrou a Corte de Catarina II da Rússia, em São Petersburgo (1784 a 1788), que a presenteou com jóias fabulosas. Em agradecimento o casal Todi escreveu para a Imperatriz a opera «Pollinia». Como cantora lírica, Luísa Todi, obteve a dimensão internacional que a levariam a todas as Cortes da Europa. No âmbito das relaçőes culturais que se desenvolveram entre a Rússia e Portugal no século XVIII, săo de realçar para além das visitas e concertos, os contactos entre a Academia Imperial das Cięncias de Săo Petersburgo e a Academia Real da História Portuguesa, nos anos de 1735 a 1741 ]
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