[ Hoje, dia 14 de Agosto relembramos a Batalha Real, travada há 623 anos nos campos de S. Jorge, entre o exército castelhano reforçado com um contingente francês e a hoste portuguesa reforçada com uma força inglesa. O confronto designado, impropriamente, de Aljubarrota, foi um dos acontecimentos mais importantes do nosso passado colectivo, por ter permitido a reconquista da independência de Portugal, ensinado à nação portuguesa fé, determinação, patriotismo e dignidade nacional. Fez história, enformou destinos e foi ponto de partida da epopeia da nossa expansão marítima, permitindo perpetuar Portugal pelo mundo, através da língua portuguesa. Pelo seu significado e valor não pode servir para obter dividendos políticos patrioteiros, satisfazer comezinhas vaidades pessoais ou inaceitáveis interesses comerciais. A ocasião, reforçada pela canonização do beato Nuno de Santa Maria, que julgamos para breve, deverá ser aproveitada como pretexto de meditação do nosso comportamento ético e sobretudo sobre o passado e futuro nacionais. É no sentido de melhor conhecer este confronto para o transmitir às gerações mais novas que nos atrevemos a partilhar alguns factos que tivemos a felicidade de encontrar e relacionar. Na Idade Média o deslocamento de grupos armados era condicionado em segurança, velocidade e comodidade pelos caminhos que utilizavam. Convencido que as forças que intervieram na batalha Real devem ter sido condicionadas, antes, durante e depois do confronto, temos procurado conhecer melhor o vale do rio Lena, que separa Porto de Mós de S. Jorge. Baseado na memória de residentes, jovens de 80 anos, e no estudo atento do terreno, onde oliveiras centenárias marcam caminhos antigos, foi possível descobrirmos o percurso feito por D. Nuno, Porto de Mós a Porto da Cevada, no reconhecimento do terreno para os lados de Leiria e o caminho percorrido pelos beirões retardatários à batalha Real. (Porto de Mós a S. Jorge).
(Parte I de III)
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