[ A decisão do Igespar que autoriza a construção de um parque de estacionamento sobre vestígios de um Convento Medieval é contestada por professores e investigadores, avança hoje o Jornal Público. O Convento Medieval, posto a descoberto, foi um dos primeiros grandes conventos da Ordem Dominicana em Portugal mas a sua localização exacta em Coimbra só foi confirmada há cerca de um ano, com o início da construção de um estacionamento subterrâneo. A obra teve que parar mas agora, depois de vários meses de escavações arqueológicas, o Igespar decidiu que os achados não têm condições para ser preservados e deu luz verde ao desmantelamento, apesar da autorização ser questionada por professores universitários e investigadores. O valor da descoberta arqueológica é reconhecido pelo próprio Igespar (o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico), não só por causa da relevância patrimonial dos vestígios mas também pelo que podem dizer sobre a história da cidade no período medieval. O problema, sustenta o subdirector do Igespar, João Cunha Ribeiro, são as “condições e o contexto” em que os vestígios do antigo Convento de S. Domingos, datado do séc. XIII, se encontram: a “oito metros de profundidade”, “abaixo do nível freático do rio Mondego” e numa zona central da cidade com “diversos edifícios já construídos”. O Movimento Pensar Real~ Pensar Portugal, lamenta a falta de coerência nos critérios de avaliação, que o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, apresenta na decisão conclusiva, deste caso: subterrando um achado revelante no Património Histórico no nosso País, em prole da construção de mais um parque de estacionamento que bem poderia ser edificado noutra zona da cidade. Perplexos com esta decisão, estão também muitos dos residentes da zona histórica da cidade, que quando tentam realizar melhorias nos edifícios dos quais são proprietários: o Igespar levanta sempre inúmeros problemas à grande parte dos projectos apresentados. ]
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