[ Hoje, dia 12 de Fevereiro, pelas 17h00, a Autarquia de Mafra, faz a primeira apresentação dos resultados, correspondentes a uma das maiores concentrações de fornos existentes em território europeu, numa exposição patente no Complexo Cultural Quinta da Raposa. A construção da A21 e das suas ligações permitiu, através do acompanhamento arqueológico das etapas da obra, fazer uma autêntica pesquisa histórica da ocupação humana do Concelho. As escavações arqueológicas efectuadas no âmbito da A21 (Ericeira/ Mafra/ Malveira/ A8) e das suas ligações, num total de 26 sítios intervencionados ao longo do traçado, permitem efectuar uma autêntica “viagem do tempo”, desde o Neolítico (cerca de 5000 a.C.) até à Idade Moderna. "É uma via de comunicação do futuro que permite conhecer o passado!" Esta descoberta serve de tema à exposição "A21 – Arqueologia na Auto-estrada" patente ao público no Complexo Cultural Quinta da Raposa e que será complementada através da realização de um programa de sessões pedagógicas denominado “Arqueologia às escuras”. Nestas actividades, programadas para 14 de Março, 28 de Março e 18 de Abril, os participantes poderão manusear réplicas dos artefactos mais significativos de cada período cronológico, permitindo que o público invisual sinta os objectos, conheça a sua forma, peso, cheiro e os associe ao período respeitante. Este desafio é também lançado ao público em geral. Paralelamente à citada exposição, a Câmara Municipal disponibiliza ao público, no Claustro Sul do Palácio Nacional de Mafra, a partir de hoje até 16 de Março, a mostra Uma via(gem) pelos tempos…, que permite visualizar a evolução das vias de comunicação no território de Mafra: Via Romana, Real Calçada, Macadame, Revestimento Betuminoso e Auto-Estrada. "Este conjunto de 110 fornos do neolítico corresponde a uma das maiores concentrações de fornos existentes em território europeu", afirmou hoje à Lusa, Ana Catarina Sousa, arqueóloga responsável pelas escavações. "Além da quantidade de fornos do neolítico, encontrámos mais um forno romano, outro da Idade Média e da Idade Moderna, o que significa que o Homem ocupou este território e com uma mesma estratégia: a exploração de argila", acrescentou Ana Sousa que também pertence ao gabinete de arqueologia da Câmara de Mafra. "As peças datam de vários períodos desde o neolítico, calcolítico, idade do bronze, período romano, antiguidade tardia, medieval islâmico e idade moderna além de fornos de cal dos séculos XVII e XVIII contemporâneos da construção do Palácio de Mafra". ]
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