[ El-Rei Dom Sebastião nasceu a 20 de Janeiro de 1554 numa das principais cortes da Europa. Recebeu uma extremosa educação tendo como aio um experiente cavaleiro, D. Aleixo de Meneses, professor de matemática Pedro Nunes, e como mestre o Pe. Luís da Camâra, confidente de Santo Inácio de Loyola. Dom Sebastião foi o único neto de oito filhos que Dom João III tem, pois morrem todos jovens. Dom Debastião, jovem Rei, apenas com 14 anos, encerra assim todas as expectativas e anseios ao mesmo tempo que todos os medos e receios. O pior acontece e o destemido Rei desaparece na batalha de Alcácer-Quibir. O Reino é arrebatado para a coroa Espanhola e Portugal perde a independência. Nasce assim o mito de Dom Sebastião, nasce o sebastianismo. Para nós o desaparecimento/morte de Dom Sebastião passa a encarnar o século de ouro perdido, o império por consolidar, o inicio do fim de Portugal. Ao mesmo tempo ele é o Desejado, aquele que há-de vir para restaurar a independência, para restaurar o esplendor dos séculos passados, para dar liberdade e prosperidade à nação. Ele é um Messias. Se ao falarmos de Dom Sebastião falamos assim de uma Esperança encarnada, na actualidade, parece que ao se falar de Barack Obama se fala no mesmo sentido. Uma característica tipicamente, e continuamente, Portuguesa parece ter-se alargado aos habitantes dos E.U.A. e aos deste mundo globalizado. Tal como o desaparecimento do Desejado significou a perda da liberdade e da prosperidade económica para Portugal, o aparecimento de Obama parece trazer uma lufada de ar fresco à América e ao Mundo, numa época em que o Terrorismo restringe os nossos passos e num período de crise mundial, curiosamente “iniciada” neste país… a nossa soberania já não é a mesma e a crise até já estamos habituados… A força de um povo revela-se nos seus lideres mas essa força é independente deles, contudo uma influência a outra e vice-versa. Se o Sebastianismo era visto como uma característica inegavelmente Portuguesa e Monárquica, vemos que afinal já não o é. Se a esperança é uma virtude necessária a qualquer individuo ou povo saudáveis, a vã esperança é castradora. Ou seja, ficarmos à espera que os nossos problemas se resolvam somente pela intervenção externa de “alguém” “num dia”, de nevoeiro ou não, excluindo a atitude da vontade própria de cada um, em acções concretas, com vista a um fim, a luta está perdida. Pensarmos que é a U. E. que nos vem resolver os problemas ou uma possível união ibérica, que está na moda, estamos enganados. Depois de conhecermos e compreendermos bem os nossos 800 anos de Historia monárquica, de certo iremos perceber que algo de essencial falta ao país, ao Povo e aos Portugueses, para enfrentarem os desafios de hoje e de amanhã: falta uma Monarquia e Um Rei! ]
Artigo de Opinião, Joel Moedas-Miguel.Presidente da Juventude Monárquica de Lisboa
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