quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição : Castro Verde ~ Alentejo [ História ]

[ Após a Reconquista, Castro Verde foi confiada à Ordem de Santiago, que estabeleceu aqui uma opulenta comenda. A primitiva igreja matriz, de fábrica gótica, situada numa colina suave que domina a peneplanície envolvente, constituiu um dos pólos aglutinadores da vila. Teve ao seu serviço uma colegiada, encabeçada por um prior com as funções de pároco. Em 1573, o Rei D. Sebastião mandou reconstruir esse edifício, em lembrança de um facto decisivo para que Portugal se tornasse uma nação independente: a batalha de Ourique, travada perto de Castro Verde em 1139. O templo actual, que ocupa sensivelmente o mesmo local dos anteriores, ficou a dever-se à iniciativa do Rei D. João V, também ele sensível ao significado patriótico e escatológico do milagre de Ourique. A sua traça corresponde a um modelo derivado da arquitectura chã da época da Restauração e que João Antunes aplicou na concepção de vários imóveis para os freires espatários, como a igreja de Santiago, de Alcácer do Sal, ou, numa versão reduzida, a igreja matriz de Sines. Monumental, embora com volumes despojados, esta tipologia valorizou a planta longitudinal composta, formada por uma nave rectangular em que se inscrevem duas torres sineiras quadradas e a capela-mor, mais estreita, ladeada por dependências. Na frontaria, com três corpos delimitados por pilastras e empena rectilínea, destaca-se o portal, encimado por um frontão curvo quebrado, com a insignia da Ordem. Se a estrutura arquitectónica é tributária da tradição seiscentista, a decoração interior corresponde já à teatralidade do Barroco Pleno, oferecendo uma notável visão integradora das artes da época joanina. A nave é coberta por uma falsa abóbada guarnecida com sumptuosa teoria de grotescosque apresenta no centro a Aparição de Cristo a D. Afonso Henriques. Este conjunto deve-se ao pintor bejense José Pereira Gavião, que também se terá ocupado do revestimento mural de outros sectores. As paredes encontram-se revestidas de painéis azulejares, com destaque para os alusivos à vida do nosso primeiro rei e ao milagre de Ourique, enquadrados por composições características das oficinas lisboetas de ca.1730. O recurso aos artistas da capital revela-se igualmente na talha dos retábulos dos altares e dos púlpitos. Merecem ainda um olbar atento as pinturas murais, de sentido emblemático. O interesse de D. João V pela matriz de Castro Verde levou a conseguir para ela, em Roma, a dignidade de Basílica, depois completada pelo título de Real, Mas o soberano empenhou-se também em dotá-la com um importante conjunto de alfaias, entre as quais a custódia de aparato, realizada em Lisboa, ao redor de 1715. O Tesouro instalado na antiga sacristia em 2003 dá a conhecer este acervo, além de outras obras-primas de igrejas do concelho. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, conhecida localmente como Basílica Real, foi mandada construir pelo rei D. João V (1706-1750) sobre um antigo templo existente no local. É actualmente a igreja matriz de Castro Verde. Pensar Real~Pensar Portugal, recomenda a visita, pois o interior, de uma só nave, está totalmente revestido a painéis de azulejo historiados sobre a Batalha de Ourique. ]
REI D. JOÃO V DE PORTUGAL:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_V_de_Portugal
BASILICA REAL DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO:
Morada / Praça do Município 7780-217 Castro Verde
Telefone / +351 286 328 550
E-mail /
dphadb@iol.pt
FONTES & VER+EM:
http://www.agencia.ecclesia.pt/ecclesiaout/snpcultura/vol_devocao_mediterranica_Virgem.html

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