[ O Patriarcado de Lisboa, em parceria com a editora Altus, especializada em música antiga religiosa, promove o Concerto de Ano Novo, no dia 10 de Janeiro, às 21h30, na Sé Patriarcal de Lisboa. A primeira audição moderna do moteto "In dedicatione templi", de Francisco António de Almeida, preenche parte do programa do concerto de Ano Novo do Patriarcado, a realizar sábado na Sé de Lisboa. Além do moteto deste compositor português que viveu durante o reinado de D. João V serão ouvidas peças de Johann Sebastian Bach. O organista João Vaz disse ter escolhido Bach, por o concerto se realizar na Sé e o órgão do templo "corresponder melhor" à música do compositor germânico. Os concertos de Ano Novo realizam-se desde há cinco anos na igreja de S. Vicente de Fora, mas obras em curso nesta obrigaram a transferir o deste ano para a Sé, o que acontece pela primeira vez. Além de João Vaz participa no concerto a Capella Patriarchal, por si dirigida, e que é constituída por Mónica Santos e Susana Duarte (sopranos, Carolina Figueiredo (contralto), João Rodrigues (tenor), Manuel Rebelo e Sérgio Silva (baixos) e a instrumentista Marta Vicente (contrabaixo). João Vaz tocará de Bach: "Prelúdio e fuga em Ré maior", (BWV 532), os prelúdios de coral "Meine Seele erhebt den Herren" (BWV 648), "Nun komm, der Heiden Heiland" (BWV 659), e "Das alte Jahr vergangen ist" (BWV 614), e ainda "Pastoral" (BWV 590) e a fuga "Sopra il Magnificat" (BWV 733). Do compositor português Francisco António de Almeida, "que foi um dos que estudaram em Itália a mando de D. João V, no âmbito de uma política de italianização da música nacional", serão tocados: os motetos "O quam suavis est Domine", e "Justus ut palma". Além destas peças, de Francisco António Almeida será igualmente interpretado "Siquaeris miracula". Depois de ter estudado em Roma (1720/1726), onde estreou, entre outras, a oratória "La Giuditta", Francisco António Almeida apresentou nos Paços da Ribeira, em Lisboa, no Carnaval de 1733, a ópera "La Pazienza di Sócrate", tendo sido a primeira ópera em estilo italiano cantada em Portugal. Compôs inúmeras obras de carácter religioso, algumas das quais se perderam no terramoto de 1755, data em que morreu. Algumas dessas obras, explicou João Vaz, Francisco António de Almeida compô-las especificamente para o espaço da Sé. Assistirá ao concerto o cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. Pensar Real Pensar Portugal, deixa aqui a todos interessados, este excelente programa cultural que a Sé de Lisboa apresenta amanhã, sábado. ]
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