["A Real Companhia Velha assumiu o controlo e a gestão da Quinta de Ventozelo", confirmou ao PÚBLICO uma fonte oficial da empresa vinícola, que se escusou, no entanto, a adiantar os termos exactos do negócio, alegando a existência de uma cláusula de confidencialidade. A mesma fonte apenas referiu que se "tratou de um negócio realizado no âmbito de uma parceria com a Proinsa" - um grupo da Galiza, com negócios associados à aquacultura e transformação de peixe. A expressão "parceria" é importante, porque, de acordo com fontes do sector, a operação poderá ter envolvido troca de participações entre os dois grupos, podendo ainda envolver interesses imobiliários. Em declarações ao PÚBLICO no início do ano, Pedro Silva Reis, actual presidente da empresa, não excluiu a possibilidade de transferência da sede da Companhia para a Região do Douro. A quinta foi comprada pelos espanhóis em 1999, no âmbito de uma estratégia de diversificação de actividade e de internacionalização. O negócio desejado há quatro decadas é agora realidade e o Douro tem uma mega propriedade que resulta da fusão de duas quintas, segundo imagens editadas no Jornal da SIC. A Real Companhia Velha, a denominação que prevaleceu das muitas que a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro assumiu ao longo de mais de três séculos, foi fundada em 1756, por Marquês de Pombal, ministro do Rei José I, por proposta de um conjunto de lavradores de cimo do Douro. A empresa, que já sobreviveu a muitas crises, acaba de reforçar a sua presença no Douro reforçando o projecto fundado e transmitido por vontade Real desde 1756. ]
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