[ Inês Pedrosa, directora da Casa Fernando Pessoa (CFP), numa conferência sobre os 120 anos de nascimento do escritor, no Casino da Figueira da Foz, denunciou públicamente que o espólio de Fernando Pessoa que ainda está na posse da família corre o risco de desaparecer, pois os herdeiros do poeta vão realizar "um leilão polémico", já no próximo dia 13. "A família está a vender o que resta", lamentou, considerando que "todo o espólio deveria estar junto para facilitar a investigação". Segundo Inês Pedrosa, "a CFP não tem orçamento" para adquirir peças. Por isso, tem "sensibilizado a Biblioteca Nacional e a Câmara de Lisboa para a necessidade de não se deixar fugir o espólio". A leilão vão livros, cartas, revistas, fotos e mobiliário de Pessoa. "O que a família nos diz é que tem filhos e netos e que não os pode deserdar", afirmou Inês Pedrosa, que gostaria de arrematar para a CFP a arca do poeta, cuja base de licitação é de 50 mil euros, e os livros e revistas, negociados a partir de 20 mil. "Esperamos que quem fique com os artigos os ceda para que todos os possam ver", sublinhou. Adiantando que "o leilão tinha o objectivo de ser internacional", a directora da CFP lembrou que o espólio foi considerado património nacional e que não pode sair de Portugal. No conjunto que vai a leilão está o dossiê Crowley, com cartas entre o poeta e o oculista inglês Aleister Crowley. Pensar Real~Pensar Portugal lamenta que não hajam condições e verbas, para reunir num só lugar de direito, todo o espólio do grande Poeta, Pensador e Monárquico, através das respectivas "Instituições Oficiais", cujos objectivos fundamentais visam: a Defesa do Património Cultural Nacional. ]
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